sábado, 2 de janeiro de 2010

Sonhar-te


Tento no meu sonho, diário,

Sonhar-te…

Colorindo de lindas cores,

Esse meu sonho

Sempre ofuscado pela neblina,

escuridão e saudades

Percorro as margens do sonho,

Onde te despes para mim

Não as vestes,

Que te cobrem tão belo corpo

Mas a tua alma,

O teu ser,

As tuas emoções.

Sonho-te…

Despida de preconceitos

De dúvidas,

De medos,

De inquietações.

Sonho-te…

Sorrindo para mim

Com esse teu sorriso luminoso,

E belo…

Sonho-te…

Junto a mim

Inebriando-me com o teu perfume,

Com o teu calor…

Sonho-te…

Como sempre quis sonhar

Junto a mim…

Teus seios colados em meu peito

tua boca dentro da minha

sonho-te...

num abraço eterno.



Agoras


Você já se arrependeu de em determinadas circunstâncias não ter tomado atitudes que viessem, de alguma forma, melhorar a sua vida?

Clarice Lispector, em "Aprendendo a Viver" sabiamente comenta que todos nós, quando fazemos exame de consciência, lembramo-nos de vários “agoras” que foram perdidos e que não voltam mais.

Que o arrependimento de não ter tido, não ter sido, não ter feito, não ter aceito, costuma ser doloroso e profundo.

Na realidade o que nos impede, na maioria das vezes, de ter o que queremos, ser o que sonhamos, fazer o que pensamos e aceitar com o coração é a ousadia que não cultivamos.

A ousadia é, geralmente, escrava do medo...

Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos felizes, pelo medo de ter ousadia de amar?

Medo de ousar porque o objeto do amor era mais bonito, mais alto, mais rico, mais jovem, mais velho, mais culto...e aí ...

o tempo passou e o agora também...

Quantas vezes perdemos a oportunidade de realizar um grande sonho, por não termos coragem de ousar, de arriscar, deixando para depois ou para mais tarde o que deveria ser naquele agora...

Quantas vezes não pronunciamos, no momento oportuno, as palavras que gostaríamos de dizer, pelo medo de parecermos ridículos e imaturos?

Quantas vezes ficamos porque tivemos medo de partir?

Quantas vezes partimos, porque tivemos medo de ficar?

Quantas vezes dizemos baixinho o que, na realidade, gostaríamos de gritar?

Quantos agoras perdemos esquecendo que o risco pode ser a salvação de muitas alegrias de nossas vidas.

O medo que nos impede de sermos ousados agora, também está nos impedindo de vermos a linda pessoa que poderemos ser...

Não deixemos que nossos momentos passem...

Terezinha Passos

DESVENDA-ME






Lenya Terra®




Não venha me falar de razão,

Não me cobre lógica,

Não me peça coerência,

Eu sou pura emoção.

Tenho razões e motivações próprias,

Sou movido por paixão,

Essa é minha religião e minha ciência.

Não meça meus sentimentos,

Nem tente compará-los a nada,

Deles sei eu,

Eu e meus fantasmas,

Eu e meus medos,

Eu e minha alma.

Sua incerteza me fere,

Mas não me mata.

Suas dúvidas me açoitam,

Mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens,

Eu sou Sol e Lua,

Não conte as poças,

Eu sou mar,

Profundo, intenso, passional.

Não exija prazos e datas,

Eu sou eterno e atemporal.

Não imponha condições,

Eu sou absolutamente incondicional.

Não espere explicações,

Não as tenho, apenas aconteço,

Sem hora, local ou ordem.

Vivo em cada molécula,

Sou o todo e sou uno,

Você não me vê,

Mas me sente.

Estou tanto na sua solidão,

Quanto no Teu sorriso.

Vive-se por mim,

Morre-se por mim,

Sobrevive-se sem mim.

Eu sou começo e fim,

E todo o meio.

Sou seu objetivo,

Sua razão que a razão

Ignora e desconhece.

Tenho milhões de definições,

Todas certas,

Todas imperfeitas,

Todas lógicas apenas

Em motivações pessoais,

Todas corretas,

Todas erradas.

Sou tudo,

Sem mim, tudo é nada.

Sou amanhecer,

Sou Fênix,

Renasço das cinzas,

Sei quando tenho que morrer,

Sei que sempre irei renascer.

Mudo a protagonista,

Nunca a história.

Mudo de cenário,

Mas não de roteiro.

Sou música,

Ecôo, reverbero, sacudo.

Sou fogo,

Queimo, destruo, incinero.

Sou água,

Afogo, inundo, invado.

Sou tempo,

Sem medidas, sem marcações.

Sou clima,

Proporcional a minha fase.

Sou vento,

Arrasto, balanço, carrego.

Sou furacão,

Destruo, devasto, arraso.

Mas também sou cimento, sou tijolo,

Construo, recomeço...

Sou cada estação,

No seu apogeu e glória.

Sou seu problema

E sua solução.

Sou seu veneno

E seu antídoto

Sou sua memória

E seu esquecimento.

Eu sou seu reino, seu altar

E seu trono.

Sou sua prisão,

Sou seu abandono e

Sou sua liberdade.

Sua luz,

Sua escuridão

E seu desejo de ambas,

Velo seu sono...

Poderia continuar me descrevendo

Mas já te dei uma idéia do que sou.

Muito prazer, tenho vários nomes,

Mas aqui, na sua terra,

Chamam-me de AMOR