sábado, 2 de janeiro de 2010

Agoras


Você já se arrependeu de em determinadas circunstâncias não ter tomado atitudes que viessem, de alguma forma, melhorar a sua vida?

Clarice Lispector, em "Aprendendo a Viver" sabiamente comenta que todos nós, quando fazemos exame de consciência, lembramo-nos de vários “agoras” que foram perdidos e que não voltam mais.

Que o arrependimento de não ter tido, não ter sido, não ter feito, não ter aceito, costuma ser doloroso e profundo.

Na realidade o que nos impede, na maioria das vezes, de ter o que queremos, ser o que sonhamos, fazer o que pensamos e aceitar com o coração é a ousadia que não cultivamos.

A ousadia é, geralmente, escrava do medo...

Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos felizes, pelo medo de ter ousadia de amar?

Medo de ousar porque o objeto do amor era mais bonito, mais alto, mais rico, mais jovem, mais velho, mais culto...e aí ...

o tempo passou e o agora também...

Quantas vezes perdemos a oportunidade de realizar um grande sonho, por não termos coragem de ousar, de arriscar, deixando para depois ou para mais tarde o que deveria ser naquele agora...

Quantas vezes não pronunciamos, no momento oportuno, as palavras que gostaríamos de dizer, pelo medo de parecermos ridículos e imaturos?

Quantas vezes ficamos porque tivemos medo de partir?

Quantas vezes partimos, porque tivemos medo de ficar?

Quantas vezes dizemos baixinho o que, na realidade, gostaríamos de gritar?

Quantos agoras perdemos esquecendo que o risco pode ser a salvação de muitas alegrias de nossas vidas.

O medo que nos impede de sermos ousados agora, também está nos impedindo de vermos a linda pessoa que poderemos ser...

Não deixemos que nossos momentos passem...

Terezinha Passos

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